Saga de beija-flor:
porosidade poética através do sertão rosiano
2ª edição (NOVO)
MARÇOLLA, Bernardo Andrade. Saga de beija-flor: porosidade poética através do sertão rosiano. 2ª edição. Amazon KDP, 2021.
Amazon Brasil — KINDLE
www.amazon.com.br/dp/B09DB2QBMN
Amazon US — VERSÃO IMPRESSA
www.amazon.com/dp/B09CRW9CF3
“Saga de beija-flor”, uma paráfrase ao próprio Guimarães Rosa, nomeia, com propriedade ímpar, o livro de Bernardo Andrade Marçolla, resultado de sua pesquisa de doutorado produzida na tese “A porosidade poética de Riobaldo, o cerzidor: ritmo, transcendência e experiência estética em Grande sertão: veredas”, com que logrou o Prêmio Capes de Teses 2007, melhor tese da Área de Letras no país. Retextualizada em livro, a pesquisa acurada do autor, cuja engenhosidade permite a leitura do texto rosiano numa clave holística, sem perder de vista a análise cerrada e sensível da estética do grande escritor, ganha ainda mais porque se reveste de leveza, para ser lida tanto por leitores especializados como por leitores diletantes. (Márcia Marques de Morais)
No apêndice, nessa mesma esteira, Marçolla analisa a presença do próprio Rosa em "Tutaméia, terceiras estórias". O livro contém, entre outras preciosidades, uma mensagem manuscrita de Manuel de Barros festejando o autor. Um estudo imperdível para os amantes dos volteios e mistérios do jogo literário.
MARÇOLLA, Bernardo Andrade. Saga de beija-flor: porosidade poética através do sertão rosiano. 2ª edição. Amazon KDP, 2021.
Amazon Brasil — KINDLE
www.amazon.com.br/dp/B09DB2QBMN
Amazon US — VERSÃO IMPRESSA
www.amazon.com/dp/B09CRW9CF3
“Saga de beija-flor”, uma paráfrase ao próprio Guimarães Rosa, nomeia, com propriedade ímpar, o livro de Bernardo Andrade Marçolla, resultado de sua pesquisa de doutorado produzida na tese “A porosidade poética de Riobaldo, o cerzidor: ritmo, transcendência e experiência estética em Grande sertão: veredas”, com que logrou o Prêmio Capes de Teses 2007, melhor tese da Área de Letras no país. Retextualizada em livro, a pesquisa acurada do autor, cuja engenhosidade permite a leitura do texto rosiano numa clave holística, sem perder de vista a análise cerrada e sensível da estética do grande escritor, ganha ainda mais porque se reveste de leveza, para ser lida tanto por leitores especializados como por leitores diletantes. (Márcia Marques de Morais)
No apêndice, nessa mesma esteira, Marçolla analisa a presença do próprio Rosa em "Tutaméia, terceiras estórias". O livro contém, entre outras preciosidades, uma mensagem manuscrita de Manuel de Barros festejando o autor. Um estudo imperdível para os amantes dos volteios e mistérios do jogo literário.
Nota à segunda edição
A segunda edição de Saga de beija-flor segue brota seis anos após a edição original, primorosamente revisada pela amiga Noga Sklar, da Editora KBR, em julho de 2015.
Devido ao inconstante e ao imprevisível que fazem parte da vida (assim como do texto rosiano), minha amiga deixou o Brasil , a KBR deixou de existir e o livro deixou o catálogo. Por algum tempo busquei me consolar no fato de que ele já havia existido e exemplares circulam mundo afora. Mas, a cada dia, isso me parecia menos suficiente.
Busquei, então, resgatar a vida do livro. A base fundamental já estava pronta – e, felizmente, por gosto e força da necessidade, ao longo da vida consegui colecionar algumas habilidades que me permitem dar vida circulante a um livro. Sequer busquei novas editoras, calejado pelo terreno árido que tem sido a publicação no Brasil.
Ao retomar o texto original, ousei fazer algumas pequenas mudanças, sempre no intuito de dar mais vida ao texto. Suprimi algumas de minhas intervenções, que hoje vejo como indevidas: assim, citações originais de Rosa que outrora foram pontuadas por grifos meus, agora seguem em seu desenho original – de modo a preservar sua riqueza, ao mesmo tempo em que convido meus leitores a mergulhar no texto rosiano mais profundamente: junto comigo, mas sem o vício dos meus atalhos. Alguns quadros e ilustrações foram refeitos, em busca de maior clareza didática (cada vez mais é difícil para mim separar as palavras e as imagens; creio ser um escritor visual) – com destaque para o Quadro 4, que finalmente conseguiu ficar à altura do que sempre pretendi ilustrar. No mais, apenas minúcias – sempre caprichosamente alteradas. Até os agradecimentos foram alterados: não para suprimir nomes, mas para acrescentá-los.
Por fim – literalmente falando – cheguei a me perguntar se manteria o apêndice que fez parte da primeira edição, uma vez que o resumo do estudo lá apresentado, posteriormente veio a ser publicado na íntegra em O livro e o vórtice: porosidade poética e fluidez em Tutaméia, de 2017. Minha opção, todavia, foi por manter o apêndice, já que não me senti à vontade para suprimir conteúdo presente na edição original de Saga de beija-flor.
Não se trata de leitura fácil; eu sei. Mas que fique para registro: a pesquisa relatada nesta obra é o trabalho mais significativo com o qual me envolvi em toda a minha vida. Foi intenso, foi profundo, foi desafiante e foi uma grande alegria. Que ele viva, respire, flua e circule para além de mim. E que possa ajudar a impulsionar os movimentos mais significativos de cada um de seus leitores, apontando o entrelaçamento do ordinário e do extraordinário na travessia solitária que é o caminho – sempre infinito – de todos nós.
Belo Horizonte, 15 de agosto de 2021
BERNARDO MARÇOLLA
A segunda edição de Saga de beija-flor segue brota seis anos após a edição original, primorosamente revisada pela amiga Noga Sklar, da Editora KBR, em julho de 2015.
Devido ao inconstante e ao imprevisível que fazem parte da vida (assim como do texto rosiano), minha amiga deixou o Brasil , a KBR deixou de existir e o livro deixou o catálogo. Por algum tempo busquei me consolar no fato de que ele já havia existido e exemplares circulam mundo afora. Mas, a cada dia, isso me parecia menos suficiente.
Busquei, então, resgatar a vida do livro. A base fundamental já estava pronta – e, felizmente, por gosto e força da necessidade, ao longo da vida consegui colecionar algumas habilidades que me permitem dar vida circulante a um livro. Sequer busquei novas editoras, calejado pelo terreno árido que tem sido a publicação no Brasil.
Ao retomar o texto original, ousei fazer algumas pequenas mudanças, sempre no intuito de dar mais vida ao texto. Suprimi algumas de minhas intervenções, que hoje vejo como indevidas: assim, citações originais de Rosa que outrora foram pontuadas por grifos meus, agora seguem em seu desenho original – de modo a preservar sua riqueza, ao mesmo tempo em que convido meus leitores a mergulhar no texto rosiano mais profundamente: junto comigo, mas sem o vício dos meus atalhos. Alguns quadros e ilustrações foram refeitos, em busca de maior clareza didática (cada vez mais é difícil para mim separar as palavras e as imagens; creio ser um escritor visual) – com destaque para o Quadro 4, que finalmente conseguiu ficar à altura do que sempre pretendi ilustrar. No mais, apenas minúcias – sempre caprichosamente alteradas. Até os agradecimentos foram alterados: não para suprimir nomes, mas para acrescentá-los.
Por fim – literalmente falando – cheguei a me perguntar se manteria o apêndice que fez parte da primeira edição, uma vez que o resumo do estudo lá apresentado, posteriormente veio a ser publicado na íntegra em O livro e o vórtice: porosidade poética e fluidez em Tutaméia, de 2017. Minha opção, todavia, foi por manter o apêndice, já que não me senti à vontade para suprimir conteúdo presente na edição original de Saga de beija-flor.
Não se trata de leitura fácil; eu sei. Mas que fique para registro: a pesquisa relatada nesta obra é o trabalho mais significativo com o qual me envolvi em toda a minha vida. Foi intenso, foi profundo, foi desafiante e foi uma grande alegria. Que ele viva, respire, flua e circule para além de mim. E que possa ajudar a impulsionar os movimentos mais significativos de cada um de seus leitores, apontando o entrelaçamento do ordinário e do extraordinário na travessia solitária que é o caminho – sempre infinito – de todos nós.
Belo Horizonte, 15 de agosto de 2021
BERNARDO MARÇOLLA
|